Li o post sobre
Consumismo infantil no
blog da Constance e achei importantíssimo colocá-lo aqui no blog para que vocês leiam e reflitam sobre o assunto.
Também fiquei extremamente chocada com o link citado por Constance que foi dividido por
@alegarattoni da
matéria publicada no Estado de São Paulo, de como as mães são orgulhosas das filhas desde pequenas darem tanto valor ao $$$$. Não quero julgar ninguém, mas achei um verdadeiro absurdo tudo que li.
Acho legal os pais terem uma condição social boa e poderem proporcionar aos filhos tudo do bom e do melhor, porém acho que ensinar o valor de cada coisa também é essencial.
Valores como amor e respeito ao próximo, solidariedade, honestidade, amizade, lealdade, sentimento de justiça social são fundamentais para formação do caráter do indivíduo e devem ser trabalhados com as crianças desde pequenas, mas, lamentavelmente alguns pais estão esquecendo de passar isso aos filhos.
Para mim, incentivar uma criança a se ligar em marca de roupa, óculos ou bolsa é mesmo que está roubando sua infância e adulto que não teve infância geralmente é infeliz e mal resolvido.
Dinheiro é maravilhoso, mas não é tudo na vida.
Pensem nisso. #prontofalei!
Vamos ao post:
CONSUMISMO INFANTIL
Ontem, @alegarattoni dividiu o link de uma matéria publicada no Estado de São Paulo sobre mães da “alta sociedade infantil”. Eu havia lido a matéria pela manhã e senti a mesma preocupação que venho sentindo há um certo tempo sobre o rumo dos valores…
Não recrimino ninguém por gostar de moda ou por gostar de comprar roupas e acessórios de grife! Achei graça quando a Fernanda Young disse à Marília Gabriela que não perdeu nada na Bolsa porque aplicou tudo em bolsa!rs
E também não acredito que ninguém precise deixar de comprar roupinhas de marca para seus filhos – as grifes fazem vestidinhos lindos, sapatinhos fofíssimos, é difícil resistir! Minha mãe, estilista, imaginem, pirava comprando roupas pra gente e metade do nosso guarda-roupa vinha de suas viagens à Europa. Mas nunca tivemos consciência das marcas! Eram apenas roupas bonitinhas – assim como as outras que ela comprava na Giovanna Baby, na Pakalolo ou na C&A.
Não acho que seja necessário uma atitude “socialista” para dar uma boa educação às crianças, até porque artigos de luxo existem desde que o mundo é mundo! Mas acredito, sim, que é preciso encontrar um meio de o consumo do adulto não incentivar o consumismo nas crianças. É importante que fiquemos atentos aos valores que são passados a elas! Por mais que muitas mães achem uma gracinha ver em suas filhas a sua própria imagem em miniatura; por mais que sonhem dar aos filhos “o que nunca tiveram” ou que queiram dar “tudo de bom e do melhor” a eles.
Andando por um shopping, cruzei com um trio de meninas (pareciam ter, no máximo, 10 anos), uma com bolsa Louis Vuitton, outra com bolsa Gucci e a última com bolsa Goyard. Todas super produzidas, com escova nos cabelos e atitude de patricinha-metidinha-adolescente (embora fossem visivelmente crianças), a única coisa que consegui pensar foi “roubaram a infância delas!”.
Já é tão difícil passar por todas as mudanças da pré-adolescência, será que as crianças precisam ainda da competitividade material, da vaidade social, da ansiedade consumista para se preocuparem? Qual o efeito disso tudo na auto-estima delas quando aprendem que ter=ser? Porque não acredito que a efêmera sensação de felicidade da compra construa a auto-estima de uma pessoa – sempre haverá uma nova moda, uma nova marca, uma nova bolsa…
E o desafio para os pais de hoje que não querem criar seus filhos nesses moldes? Como se sentem os seus filhos ao lado dos outros, quando ser igual ao grupo é tudo o que as crianças mais querem? Ficam complexadas? E aí, para evitar o complexo, será alguns pais acabam sucumbindo? Nossa, não tá fácil ser pai/mãe hoje em dia, hein!
Não sou socióloga, nem psicóloga, nem pedagoga, por isso nem me sinto muito à vontade expressando minhas opiniões… mas, como pessoa comum que se preocupa com o mundo em que seus filhos vão crescer, não deixo de ter essas preocupações e acredito que seja importante a reflexão. Vocês, mães e pais, como enxergam e lidam com tudo isso?
Bjsss!